quarta-feira, 17 de junho de 2009

Parada da Di(pe)versidade


Em nome de uma suposta cultura democrática onde a liberdade de expressão é declarada no livro constitucional nos deparamos com comportamento de povos tipicamente atrasados que impressionam qualquer humanista nato ou qualquer consciência sensata.

A última passeata da Diversidade realizada em São Paulo demonstrou em cadeia nacional o quanto ainda temos que evoluir se quisermos viver em país verdadeiramente democrático. Atos como o que ocorreu, em que foi atirado uma bomba em cima de pessoas que estavam manifestando nas ruas de Sampa o Direito de se relacionarem com outras pessoas do mesmo sexo e de serem tratadas como humanas e acima de tudo como cidadãos choca. É fantástico, pra não dizermos absurdo, a que ponto chega a cultura de intolerância em nosso meio.

O que mais intriga é o fato, apesar do discurso de liberdade democrática, de que em nome desta mesma "liberdade" se permite manifestações artística de produtos (lixo) da indústria fonográfica como a febre do Grande Recife e periferias em geral: O "fenômeno" João do Morro que além de produzir uma música de sabor intragável e extramemente preconceituosa e violenta( desculpe minha redundância pois preconceito e violência a meu ver são sinônimos) é protegido, por uma falsa idéia de Direito à liberdade de expressão...Ora a liberdade de fato e de Direito vela pelo humanismo democrático e zela pelo o Direto das minorias( Art. 5º da C.F.),que não é tão minoria assim, e não pela ridicularização de um determinado grupo para o entretenimeto de outro, se quisermos ser respeitados temos que construir isso dentro da lógica de que o outro merece respeito e esse outro é similar a nós.

Faz necessário a compreensão de que só podemos viver verdadeiramente em um país democrático se construirmos isso em meio às nossas visões de mundo uma cultura de tolerância que compreenda as Diferenças! e não apenas aceitando-as ! pois isso não é suficiente e nem muito menos é uma postura antipreconceitos e/ou libertária é preciso muito mais! é fundamental combatermos com consciência crítica e objetiva culturas violentas e de cunho fascistas que se disfarçam de comédias e se utilizam de uma linguagem popular e rotulista para proliferar discriminações e gerar dinheiro pra pessoas que não têm um mínimo de responsabilidade, sensibilidade e postura humanística como o "famoso" do João do Morro de Recife.





2 comentários:

  1. João do Morro ia ficar p... se lesse isso.
    Uma coisa que você deixou de ressaltar é que essas músicas ofensivas muitas vezes são propragadas pelos próprios homossexuais o que vai semeando mais preconceito e intolerância.
    Texto ótimo.

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  2. música

    s. f.
    1. Arte e técnica de combinar os sons de maneira agradável ao ouvido.

    João do Morro e sua "músicas" está acabando com o q na verdade é MÚSICA.
    Infelizmente essa ta sendo a nova geração de alguns adolescentes.

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